Questão 1
(UFNR) O pensamento político e econômico europeu, em fins do século XVII e no século XVIII, apresentou uma vertente de crítica ao Absolutismo e ao Mercantilismo, predominantes na Europa, na Idade Moderna. Qual das ideias abaixo caracteriza essa nova corrente de pensamento?
a) É necessária a regulamentação minuciosa de todos os aspectos da vida econômica para garantir a prosperidade nacional e o acúmulo metalista.
b) O Estado, com função de polícia e justiça, deve ser governado por um rei, cuja autoridade é sagrada e absoluta porque emana de Deus.
c) A fim de proteger a economia nacional, cada governo deve intervir no mercado, estimulando as exportações e restringindo as importações.
d) O poder do soberano era ilimitado, porque fora fruto do consentimento espontâneo dos indivíduos para evitar a anarquia e a violência do estado natural.
e) O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco, apenas para garantir as liberdades públicas e as propriedades dos cidadãos.
Questão 2
O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), autor de “O Leviatã”, acreditava que a violência generalizada de todos contra todos era a regra geral da política e que, para conter tal violência intestina, era necessária a força de um poder político centralizador e autoritário. Podemos dizer que Hobbes pensava dessa forma sobretudo porque:
a) não concordava com as ideias liberais de Adam Smith.
b) não concordava com as ideias contratualistas de Jean-Jacques Rousseau.
c) vivia na época das Guerras Civis Religiosas.
d) vivia na época do Terror Revolucionário francês.
e) não concordava com o neocontratualismo de John Rawls.
Questão 3
(Fuvest) “É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados.” (Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias europeias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de:
a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.
Questão 4
Quando se estuda o absolutismo monárquico, é frequente vermos a frase “O Estado sou Eu', proferida pelo Rei Sol, Luís XIV. É correto dizer que essa frase:
a) torna patente o uso do simbolismo solar, característico da maçonaria francesa.
b) explicita o conteúdo do absolutismo, no qual o rei é a fonte da soberania e do poder.
c) explica o Estado francês da época erroneamente, já que o rei não governava de fato.
d) foi proferida após Luís XIV ter vencido a Revolução Puritana e o exército de Cromwell.
e) foi proferida após Luís XIV ter vencido a Guerra das Duas Rosas.
Resposta Questão 1
Letra E
O pensamento aludido no enunciado é o liberal. O liberalismo desferiu críticas contundentes contra a forma de condução da política econômica operada pelo Absolutismo e expressa no conceito de Mercantilismo. O Mercantilismo era caracterizado, politicamente, pelo intervencionismo do Estado nas trocas econômicas, fato que era repudiado pelos liberais.
Resposta Questão 2
Letra C
Thomas Hobbes viveu um dos períodos mais turbulentos da Europa e da Inglaterra (em especial). Sua vida permeou as sucessivas guerras religiosas entre católicos, puritanos e anglicanos, o que fez com que concebesse uma visão sobre a política que levasse em conta o elemento central da violência.
Resposta Questão 3
Letra D
Os reis absolutistas sabiam que, se armados, seus súditos poderiam, em face de quaisquer insatisfações políticas, rebelarem-se contra a autoridade real. Para tanto, evitavam compor algo como um “exército nacional” e contratavam o serviço de mercenários para engrossar as fileiras do exército real, geralmente composto pela aristocracia guerreira.
Resposta Questão 4
Letra B
A frase de Luís XIV explicita o absolutismo porque a fonte do poder era ele próprio, o rei. O rei era o soberano, e não o povo – como aconteceria nas democracias do século XX, e o povo não era constituído de cidadãos, como hoje entendemos esse conceito, mas por súditos do rei. As transformações dessa concepção política só começaram com as chamadas “revoluções burguesas”.